Sem a vergonha de dizer que senti, o calor de teu corpo, a macieza de tuas mãos. Sem o medo de falar que percebi, o brilho dos teus olhos, a tua vontade em me ter. Com a coragem de expor que gostei, do aconchego dos teus braços, do sussurro de tua voz. A noite, a lua, o som, é a perfeição de um conjunto que impulsionam o prazer de uma loucura. O estar de uma companhia agradável presente em uma noite de luar, o conversar tímido de lábios que se mexem e deixam o vento se comunicar, o desviar de olhos cheios de verdade que não puderam se encontrar, o juntar dos corpos afastados por uma distância invisível, o entrelaçar dos dedos conectando a energia fluente que há. A noite no balanço do tom, no compasso do ritmo, lá fora na rua, na luz do luar pareceu tão certo, suou programado, prescrito por linhas e letras, por imagens e sons. Foi como um déjà-vu, parados ali, segurando respiração, acobertando nervosismo, espelhando-se por reflexões instintivas, me senti à vontade, te conhecia, sabia no que pensava, pensava no que queria. É preciso tão pouco pra obter um sorriso sincero, te olhei cinco segundos e sorri. É tão fácil fazer meu coração acelerar, você investiu e fez ele saltar. É tão simples me atiçar, você falou baixinho e me fez arrepiar. Essa foi minha música preferida, minha cena escolhida, o momento que sonhei, o qual vivi e nunca vou esquecer. Mas, teve fim, aquela música falhou, a cena arranhou, o momento acabou, lembrança virou e assim vai ficar, pois a lua desapareceu.
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